Uma das coisas que mais vejo no meu consultório são pacientes que querem danhar massa muscular e eliminar gordura. Conseguir, efetivamente, ganho muscular sofre a influencia de inúmeras variáveis e depende muito mais que de apenas um treinos de musculação. Temos fatores como a carga genética, a quantidade de sono, a duração dos intervalos entre as refeições, o que omer antes do treino, pós treino… 

Vamos, então, falar um pouco sobre a alimentação. A dieta deve ser balanceada, sempre com ênfase no consumo de vegetais e frutas, pois são alimentos reguladores, fonte de vitaminas e minerais, responsáveis pela saúde e disposição. Proteínas, carboidratos e lipídios – mais importante do que a quantidade é a qualidade dos alimentos a serem consumidos. Nem todas as proteínas são iguais, e o mesmo acontece com os carboidratos e lipídios.

Proteína – Alimentos construtores

Responsáveis pela parte estrutural de tecidos, compõe mais de metade do peso seco do corpo é proteína, incluindo músculos, sangue, enzimas e hormônios. Se a proteína ingerida é insuficiente ou de baixa qualidade isto se reflete na capacidade física e pode trazer perda muscular. O exercício “gasta” reservas de proteínas, pois quando acaba o glicogênio do fígado, segue para o glicogênio muscular e depois para as reservas protéicas musculares. Assim, a atividade física aumenta consideravelmente a demanda de proteína pelo corpo. Para haver crescimento muscular tem que haver substrato, no caso aminoácidos prontamente disponíveis para repor as perdas e permitir a multiplicação das células do músculo.

Quanto maior for o valor biológico da proteína, mais aminoácidos e nitrogênio o organismo irá reter. O ovo é considerado a fonte de proteína mais assimilável, e recebe a graduação 100. Todas as demais proteínas são graduadas comparativamente em sua absorção em relação à proteína do ovo.

Whey Protein – a campeã
Os alimentos de alto valor biológico são basicamente as proteínas de origem animal, como os ovos (100), leite (90), carne, peixe e aves (80), e também há proteínas sintetizadas industrialmente como a proteína do soro do leite (Whey Protein), cuja gradação supera a do ovo, variando entre 110 e 160. As proteínas de origem vegetal possuem um aproveitamento protéico menor como, por exemplo, os feijões (50).

Carboidratos: é importante lembrar que apesar do músculo ser basicamente composto de proteína, o combustível principal utilizado por ele durante atividades físicas é o glicogênio (fruto dos carboidratos). O consumo de refeições 100% Carbs free pós treino é ineficaz, pois é preciso energia para que a proteína seja absorvida e aproveitada da melhor forma, cumprindo seu papel construtor. 

Proteínas devem ser consumidas em todas as refeições, para facilitar a reparação muscular e o crescimento das fibras musculares, não só após o treino. As quantidade recomendadas variam conforme idade, sexo, altura, peso e atividade física, devendo ser estabelecida dentro de um Programa Alimentar Individualizado. 

É perigoso ingerir proteína demais?
Sim, além do excesso não ser aproveitado, pode prejudicar os rins.  Apenas um profissional responsável pode definir qual a quantidade correta para você e se o uso de suplementos é necessário e seguro no seu caso.

Por Aline Lamarco
Nutricionista
CRN 17183

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