Li este texto e não pude deixar de postar, pois muitas mulheres passam por isso, sua autoestima vai diminuindo aos poucos e passam a aceitar situações que normalmente não aceitaria (nem deveria). Para quem está vivendo a situação, é difícil perceber que o maior problema está no parceiro e que você não pode fazê-lo mudar. Isto pode tornar uma mulher mais triste, depressiva, insegura e, muitas vezes, fazê-la descuidar de si mesma e sua saúde/alimentação. Vamos lá?
“A Lei Maria da Penha protege a mulher de agressões e abusos físicos – ou, ao menos, tenta! -, mas e quanto ao abuso psicológico? O que vem a seguir é um resumo de histórias que conheço, vi e alguns que vivi e, por ser tão geral, provavelmente deve se encaixar em mais de uma realidade.
A moça tinha esse namorado e como todo relacionamento o inicio era lindo, até a primeira vez em que ele gritou e a ofendeu. Pensou que aquilo não estava acontecendo, por que aconteceria com ela? Sempre vemos isso por aí, mas logo com ela? Ela que sempre fora amável e esforçara para fazer o relacionamento dar certo, deixou passar, claro, achando que seria a primeira e última vez, mas não foi. As ofensas só aumentaram. Tudo era motivo para ser chamada de vagabunda, para ouvir que ela não era de confiança. Situações que aconteceram e poderiam ser descritas por horas e horas, mas o auge da humilhação (difícil escolher só uma história) foi uma quase agressão física em sua casa. Mas ainda assim, ela permaneceu esperançosa e sonhadora, com o ‘’ele vai mudar’’. Mas não, não mudou. Durante o tempo de relacionamento, ela deixou de sair, deixou seus amigos e reprovou na faculdade. As brigas eram frequentes e ele terminava o namoro toda semana, por qualquer motivo que achasse viável. O ciúme era excessivo e o temperamento já não muito delicado se tornava ainda pior quando associado ao álcool. Mas por que isso aconteceria com ela, não é mesmo? Quando estavam bem era tudo lindo e era isso que dava a esperança de uma mudança, isso e as infinitas promessas. Achava que ele ia mudar e que a valorizaria, esforçava-se para que isso acontecesse. E não, não mudou.
Isso tudo aconteceu há anos, de lá para cá pode perceber o que houve e até mesmo assumir um pouco da culpa, não por não ter sido ‘’boa o suficiente’’ para ele, mas porque ter deixado que ele a tratasse daquela forma. Por ter ficado tão cega pela vontade de ter seu grande amor e por ter afundado ainda mais a própria auto-estima (mais um mérito do ex). Por ter tentado moldá-lo ao seu sonho e achado que nesse mundo todo não haveria mais ninguém. Esse pensamento faz com que muitas (e muitos) sejam vítimas de relacionamentos nada saudáveis e completamente insanos que deixam por aí pessoas perturbadas e pioram muito a convivência em alguns aspectos.
Esse abuso psicológico é mais difícil de perceber, muitas pessoas ignoram o grande efeito que tem sobre a vítima. Algumas pessoas até acham isso legal. Tenho amigas que dizem adorar um cara louco e ciumento, ou viver “entre tapas e beijos”, mas acordem! Esse tipo de relacionamento não tem a menor graça, se você ou alguém próximo passa por esse tipo de coisa, tente procurar ajuda. Um gesto simples pode evitar traumas que demoram a se apagar. Pense na pessoa como um“zumbi”, se ela viesse para você com a intenção de te matar, ou sugar qualquer coisa que tenha, você cogitaria o fato de correr ou gastar várias horas da sua vida tentando conviver com o bendito?
COMO IDENTIFICAR O ABUSO PSICOLÓGICO?
• Repare se seu namorado usa táticas verbais contínuas para fazer você sentir reduzida ou sem valor. Você também pode ser acusada de ser estúpida, louca ou indigna dele. Às vezes usa insultos ou acusações sem fundamento algum para deixá-la desequilibrada. Em outros momentos pode se desculpar e ser muito carinhoso.
• Repare se você tem que mentir para as pessoas para proteger seu namorado. Algumas mulheres disfarçam que choraram, invadem emails, ficam desesperadas, tem os braços machucados sem explicação plausível. ISSO NÃO É NORMAL.
• Esteja ciente do seu estado emocional. Sintomas comuns de abuso psicológico são depressão, baixa autoestima, pensamentos suicidas e ansiedade. Se você está apresentando alguns ou todos esses sintomas, deve consultar um profissional dessa área, como um psicólogo, para determinar a causa e receber a ajuda apropriada. Ou, ao menos, parar para pensar sobre o que está fazendo com sua própria vida. SIM, SUA VIDA, não a vida com ele.
• Seja honesta em relação à sua situação. Se você acha que certos aspectos da sua vida, como dinheiro, amigos ou a liberdade de ir onde você quiser estão sendo controlados, isso é um sinal de alerta. Outras táticas que podem ser usadas pelo seu namorado para controlar sua vida é controlando seu acesso a coisas.
• Reconheça os sinais de perseguição sendo usados como uma ferramenta de abuso psicológico. Seu namorado pode ligar com frequência durante o dia para ter certeza de que você está em casa ou no trabalho/faculdade, ou insistir em querer todo o seu tempo. Você pode ser forçada a viver com medo pelo uso de ameaças, palavras ou gestos violentos. Descontar a raiva em objetos é usado para demonstrar a violência física.
• Examine seu relacionamento se você se sente isolada dos seus amigos, ou do mundo. Essa situação pode ser produto do abuso psicológico ativo ou inativo; seus amigos podem se sentir indesejáveis ou você pode ser proibida de passar algum tempo com eles. Já vi casos em que a pessoa proíbe a outra de participar de qualquer tipo de atividade que não esteja presente.“
Por Kamylla Prado – texto adaptado
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Olá querida Aline, um grande erro das mulheres, ou mesmo homens, que sofrem abuso psicológico, costumam se culpar e muitas vezes trocam de parceiros e a história continua a mesma. O que acontece? A relação está doente, ninguém tem o poder sozinho de viver algo assim, lembrando que só existimos na relação com o outro. Bjks.
É verdade, Andréa! Um jogo só existe quando há dois jogadores, aquele que abusa e aquele que permite o abuso. O objetivo é justamente a pessoa se conscientizar de que ela pode (e deve) viver de uma outra forma, mais feliz, e isso também depende da forma como ela se posiciona.