FONTE: Revista Veja

Estudo feito com mais de 4.000 pessoas provou que a melhor forma de emagrecer ainda é a combinação entre exercícios e boa alimentação

Emagrecimento: dietas populares e abuso de produtos ‘diet’ não adiantam, aponta estudo feito com mais de 4.000 obesos

Praticar atividade física, comer pouca gordura e participar de programas de emagrecimento são as melhores maneiras de se perder peso. Dietas da moda, por outro lado, de nada adiantam. Se restava alguma dúvida quanto a isso, uma pesquisa feita com mais de 4.000 pessoas e publicada nesta terça-feira no periódico American Journal of Preventive Medicine pôs um ponto final na questão. O trabalho foi desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Harvard e do Centro Médico Beth Israel Deacones, hospital ligado à universidade, nos Estados Unidos.
Para os autores desse estudo, ao contrário do que muitos pensam, há uma considerável parcela de obesos que conseguem perder peso. “Essa é uma grande notícia, pois estudos anteriores mostraram que mesmo uma redução de 5% do peso de um indivíduo pode levar à melhoria de sua saúde”, diz Jacinda Nicklas, uma das pesquisadoras. “Com mais de um terço dos americanos obesos, saber disso é importante, já que os riscos à saúde associados com o excesso de peso são substanciais”.
A pesquisa — Nesse trabalho, foram analisados mais de 4.000 indivíduos com mais de 20 anos de idade e obesos, ou seja, que tinham índice de massa corporal (IMC) acima de 30 há pelo menos um ano antes de a pesquisa começar. Os dados dos participantes foram extraídos do Levantamento Nacional de Exame de Saúde e Nutrição, realizado pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), órgão de saúde dos Estados Unidos. Durante o período do estudo, 2.523 pessoas, ou 63% dos participantes, relataram ter tentado perder peso, sendo que 40% delas afirmaram ter reduzido seu peso em 5% ou mais, e 20% desses indivíduos afirmaram ter reduzido em 10% ou mais seu peso total.
Ao observarem esses indivíduos, os pesquisadores descobriram que aqueles que mais se exercitaram e que comeram menos gordura foram significativamente os mais propensos a perder peso. Além disso, foi identificada uma forte relação entre a participação em programas de emagrecimento e a perda de peso bem-sucedida, reforçando, segundo os autores do estudo, a importância de uma dieta bem pensada e estruturada. Os especialistas também observaram que, embora algumas pessoas que fizeram uso de medicamentos para emagrecer também tenham relatado sucesso na perda de peso, esse número foi pequeno, mas foi mais considerável quando o uso dos remédios foi feito com prescrição.
Estratégias erradas — Por outro lado, dietas populares, como as que só incluem líquidos na alimentação ou uso de pílulas sem prescrição, por exemplo, não foram associadas à perda de peso. Além disso, as pessoas que relataram ter emagrecido mais foram menos propensas a seguirem uma dieta popular. O consumo de produtos diet também não foi relacionado com uma perda de peso bem sucedida. “É possível que alguns dos indivíduos que fazem uso desses alimentos estejam consumindo os produtos em exagero, já que acreditam que são saudáveis ou que têm baixas calorias”, afirma Nicklas.
“É muito encorajador observar que a maioria dos métodos de perda de peso associada ao sucesso é acessível e barata”, diz Christina Wee, outra autora do estudo. A pesquisa, entretanto, não estudou o impacto dessas intervenções a longo prazo, ou seja, em relação à capacidade de o indivíduo, mais do que emagrecer, manter o novo peso.

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